Os trabalhadores da Pereira da Costa Construções, na Venda Nova, Amadora, mantêm a vigília, durante o dia, à porta do estaleiro-sede da empresa. Mas, durante a noite, as instalações têm sido alvo de sucessivos roubos, que diminuem o património penhorado para pagamento das dívidas aos operários e ao Estado. Janelas, projectores, cabos da rede eléctrica, máquinas das oficinas, viaturas e materiais por utilizar têm sido retirados por desconhecidos... e mesmo quando algum assaltante é apanhado pela Polícia, acaba por ser libertado, já que a administração, entregue a Nuno Magalhães (fiel depositário dos bens), não comparece para apresentar queixa.
O Sindicato da Construção do Sul e os trabalhadores localizaram alguns dos bens roubados enquanto na empresa estiveram três «guardas», que desapareceram quando lhes foi perguntado pelo contrato de trabalho. Várias máquinas e carros estavam na semana passada num armazém na Serra da Luz.
O IAPMEI decidiu dia 30 de Abril dar por extinto o Processo Extrajudicial de Conciliação, requerido pela administração, já que esta não respeitou nenhum dos compromissos que assumiu. Para ontem estava, entretanto, marcada a segunda audiência da acção pauliana, interposta para impugnar o negócio de transferência de viaturas, ainda registadas na falida MB Pereira da Costa, para a Preidacosta (empresa de familiares do dono da ).